A sistematização, no contexto do plantio e da colheita mecanizados da cana-de-açúcar, soja, milho e outras culturas, refere-se a um conjunto de práticas e técnicas utilizadas para otimizar o processo agrícola, visando aperfeiçoar a performance operacional e agronômica da cultura, além de reduzir custos.
Visando uma melhor performance operacional, a sistematização busca melhorar os rendimentos em várias etapas do processo, como no plantio, no sistema de corte e transbordamentos, nos tratos culturais de soqueiras e na logística da propriedade. Esses estudos resultam em um aumento significativo da eficiência do trabalho realizado, permitindo reduções nos custos operacionais. Por exemplo, ao utilizar técnicas de sistematização, é possível otimizar o uso de máquinas e equipamentos, reduzir o tempo gasto com manobras internas e garantir um melhor rendimento operacional.
Em termos dos aspectos agronômicos, a sistematização busca eliminar o pisoteio das linhas de plantio, o que tem impactos diretos na produtividade e na longevidade da lavoura. Ao evitar o pisoteio, as culturas têm um melhor desenvolvimento, resultando em maior produtividade. Além disso, a eliminação do pisoteio contribui para preservar a estrutura do solo, evitando a compactação e permitindo uma maior absorção de água e nutrientes pelas plantas.
A sistematização adequada para o plantio, visando a colheita da lavoura é fundamental para garantir maior lucratividade com sustentabilidade. O aumento da produtividade e da eficiência operacional, aliados à redução de custos, impactam diretamente nos resultados financeiros. Além disso, a sistematização contribui para a sustentabilidade do setor, ao preservar a saúde do solo, otimizar o uso de recursos naturais e adotar práticas mais eficientes e ambientalmente amigáveis.
No entanto, implementar a sistematização adequada para o plantio e a colheita mecanizados da cana-de-açúcar é um desafio para técnicos e especialistas do setor, pois requer uma revisão e reinterpretação dos conceitos tradicionais, especialmente no que diz respeito ao preparo e conservação do solo. É necessário um projeto adequado de sistematização das linhas de plantio, levando em consideração os diferentes aspectos envolvidos, como o tipo de solo, planialtimétrico da área, época de plantio, as condições climáticas e as práticas específicas da cultura.
Objetivos e benefícios
1. Planejar atividades, definindo melhor os blocos de reforma
O planejamento eficiente das atividades de reforma da lavoura é crucial para otimizar a produtividade e reduzir os custos na agricultura. Esse planejamento envolve uma análise cuidadosa das condições das lavouras existentes, estabelecendo critérios para a reforma, e um planejamento estratégico da sequência e distribuição dos blocos a serem reformados. Abaixo estão detalhados alguns aspectos relevantes desse processo:
Análise das condições da lavoura: Antes de iniciar a reforma da lavoura, é importante realizar uma análise completa das condições atuais. Isso inclui a avaliação do estado de saúde das plantas, a produtividade dos talhões, a presença de pragas e doenças, a idade dos canaviais e a rentabilidade dos mesmos. Essa análise fornecerá informações valiosas para embasar o planejamento da reforma, identificando os talhões que necessitam de renovação e estabelecendo as prioridades.
Estabelecimento de critérios para a reforma: Com base na análise das condições das lavouras, devem ser estabelecidos critérios claros para a reforma. Isso pode incluir indicadores como produtividade abaixo do esperado, presença de pragas e doenças de difícil controle, idade avançada da lavoura, dentre outros. Definir esses critérios ajudará a determinar quais talhões devem ser reformados e a prioridade de cada um, garantindo uma abordagem estratégica e racional na tomada de decisões.
Planejamento da sequência e distribuição dos blocos a serem reformados: Com base nos critérios estabelecidos, é necessário planejar a sequência e distribuição dos blocos a serem reformados. Isso envolve determinar a ordem em que os talhões serão reformados e a distribuição espacial desses talhões, levando em consideração fatores como a logística de transporte, a disponibilidade de mão de obra, a capacidade dos equipamentos agrícolas, entre outros. Um planejamento adequado permitirá otimizar o uso dos recursos e minimizar os tempos ociosos, aumentando a eficiência operacional.
Consideração de práticas de conservação do solo: Durante o planejamento da reforma da lavoura, é importante considerar práticas de conservação do solo. Isso pode incluir a implementação de sistemas de terraceamento, rotação de culturas, adoção de técnicas de plantio direto, entre outras. Essas práticas visam reduzir a erosão do solo, melhorar sua estrutura e aumentar a sua fertilidade, contribuindo para um ambiente favorável ao desenvolvimento das plantas e para a sustentabilidade do sistema produtivo.
Monitoramento e ajustes ao longo do processo: Durante a execução do planejamento, é fundamental monitorar continuamente o progresso da reforma e fazer ajustes conforme necessário. Isso envolve a avaliação regular do desempenho dos talhões reformados, o acompanhamento da produtividade, a análise de indicadores-chave de desempenho e a tomada de medidas corretivas, caso sejam identificadas falhas ou desvios em relação aos objetivos estabelecidos.
Um planejamento eficiente das atividades de reforma das lavouras contribui para a maximização da produtividade, a redução de custos e a melhoria geral do desempenho da lavoura. Além disso, um planejamento bem executado permite antecipar problemas potenciais e minimizar riscos, aumentando a sustentabilidade econômica e ambiental da produção.
2. Padronizar atividades e operações
A padronização no preparo do solo e no plantio da cultura refere-se à criação de procedimentos e métodos consistentes e uniformes para a execução dessas atividades agrícolas. Ela envolve a definição de etapas e diretrizes claras a serem seguidas em cada uma das etapas do processo, desde a preparação inicial do solo até o momento do plantio.
A principal finalidade da padronização é estabelecer uma abordagem sistemática e consistente, que traga benefícios tanto do ponto de vista agronômico quanto da gestão da produção, e alguns dos benefícios da padronização no preparo do solo e plantio incluem:
Eficiência operacional: Com procedimentos padronizados, os agricultores podem executar as tarefas de maneira mais eficiente, otimizando o uso de recursos, como mão de obra, maquinário e insumos agrícolas. A padronização evita retrabalhos e reduz erros, garantindo que cada etapa seja realizada de forma adequada e no momento certo.
Consistência de resultados: Ao seguir padrões predefinidos, é possível obter melhores resultados ao longo do tempo. Isso contribui para a qualidade do preparo do solo e do plantio, resultando em um ambiente favorável para o desenvolvimento das plantas e, consequentemente, na obtenção de melhores resultados.
Replicabilidade: Com a padronização, é possível replicar os procedimentos em diferentes áreas de cultivo. Isso é especialmente útil em propriedades agrícolas com extensões maiores, onde é necessário realizar atividades em várias parcelas de terra. A padronização garante que as práticas sejam uniformes em todas as áreas, proporcionando um manejo consistente e uma base para comparação de resultados.
Vale ressaltar que a padronização não significa que os mesmos métodos sejam aplicáveis em todas as situações. Cada localidade pode ter características específicas que exigem métodos diferentes de trabalho. É fundamental considerar as condições locais, como tipo de solo, clima, cultura e disponibilidade de recursos, ao desenvolver os procedimentos padronizados, garantindo assim a sua aplicabilidade e eficácia.
3. Definir o método ideal de preparo do solo
A busca pela melhor forma de preparar o solo leva em consideração fatores como o tipo de solo, as condições climáticas e as práticas agronômicas específicas. Esse processo é realizado por meio de estudos e análises do solo, levando em conta a topografia da área e a adoção de técnicas adequadas de preparo, tais como a aração, a gradagem, a subsolagem, entre outras.
A aração é uma prática de preparo do solo que envolve o uso de um arado para revirar as camadas superficiais do solo. O objetivo principal da aração é romper a superfície compactada, desagregar os torrões e misturar a matéria orgânica e os restos de culturas anteriores. Isso promove a aeração do solo, melhora a drenagem, facilita a penetração das raízes e ajuda a incorporar fertilizantes e corretivos do solo. A aração também pode auxiliar no controle de plantas daninhas, ao enterrar suas sementes e partes vegetativas profundamente no solo.
A gradagem é uma etapa subsequente à aração e consiste em passar uma grade no solo, geralmente montada em um implemento agrícola chamado de grade aradora ou grade intermediaria. A gradagem ajuda a nivelar o solo, quebrar torrões menores e eliminar raízes e restos vegetais maiores que possam ter ficado após a aração. Além disso, a gradagem ajuda a criar uma superfície uniforme e fina no solo, preparando-o para o plantio.
A subsolagem é uma técnica de preparo do solo que visa a descompactação das camadas mais profundas do solo, abaixo da camada de gradagem. Envolve o uso de um subsolador, implemento agrícola com uma haste pontiaguda que penetra verticalmente no solo e rompe a compactação, sem inverter as camadas de solo. A subsolagem melhora a infiltração de água, o desenvolvimento radicular e a atividade biológica no subsolo. É especialmente útil em solos compactados ou com camadas de impedimento ao crescimento das raízes.
Além da aração, gradagem e subsolagem, existem outras práticas de preparo do solo que podem ser adotadas, dependendo das características específicas do solo e das necessidades da cultura. Algumas dessas técnicas incluem:
Escarificação: Similar à gradagem, a escarificação envolve o uso de implementos com dentes para soltar e descompactar o solo, mas sem inverter as camadas.
Rolagem: Utilização de rolos agrícolas, métodos de manejo comumente usados nas culturas de cobertura são a rolagem. O uso do rolo-faca, um equipamento que faz o preparo do solo permitindo que o solo seja preparado imediatamente após a colheita. A máquina é semelhante ao rolo utilizado no Plantio Direto, mas é mais pesada e tem lâminas maiores.
Preparo Conservacionista do Solo: Métodos de preparo reduzido ou sem preparo do solo perturbam menos o solo. Método que evita o preparo convencional, onde as sementes são semeadas diretamente na cobertura vegetal existente, melhorando a estrutura do solo e conservando a umidade. Isso ajuda a manter a estrutura e a fertilidade do solo, reduzindo os riscos de erosão.
Plantio Direto e Semidireto: O sistema de plantio direto é caracterizado pela ausência de revolvimento do solo. Neste método, o solo é mantido coberto de forma permanente, e a rotação de culturas é adotada para promover a conservação do solo. Esse enfoque apresenta vantagens notáveis, incluindo economia significativa para os agricultores e um impacto ambiental reduzido
Plantio Semidireto compartilha a característica de não revolvimento do solo com o plantio direto. Entretanto, neste método, apenas os resíduos da superfície do solo são removidos antes da semeadura direta. O plantio semidireto oferece vantagens que incluem um impacto ambiental mínimo no ecossistema e redução dos custos de produção. Essas práticas de agricultura conservacionista desempenham um papel crucial na promoção da sustentabilidade agrícola, minimizando a erosão do solo, reduzindo a necessidade de insumos e preservando a saúde do ambiente
Terraceamento: Construção de terraços ou curvas de nível para a conservação do solo, permitindo a retenção de água e evitando o escoamento superficial.
O preparo adequado do solo cria condições favoráveis para o desenvolvimento das plantas, garantindo um ambiente propício para o crescimento saudável da cultura.
4. Criar procedimentos que permitam alto padrão de qualidade
Estabelecer procedimentos de alta qualidade no plantio da cultura é fundamental para garantir uma lavoura saudável, produtiva e de qualidade. Esses procedimentos envolvem a adoção de critérios rigorosos em todas as etapas do plantio, desde a seleção das mudas até as práticas de controle de qualidade. A seguir, detalho alguns aspectos importantes relacionados a esse tópico:
Seleção das mudas: A qualidade das mudas é crucial para o estabelecimento de uma lavoura de alto padrão. Os procedimentos devem incluir critérios claros para a seleção das mudas, levando em consideração aspectos como a sanidade das plantas, vigor, uniformidade e origem das mudas. É importante adquirir mudas de fornecedores confiáveis e certificados, além de inspecionar visualmente cada muda antes do plantio.
Distribuição das linhas de plantio: A correta distribuição das linhas de plantio é essencial para um estande adequado das plantas. Os procedimentos devem estabelecer critérios para a distância entre as linhas e entre as plantas dentro da linha, levando em conta as características da cultura e as recomendações técnicas específicas. É fundamental utilizar ferramentas adequadas, como equipamentos de plantio com regulagens precisas, para garantir uma distribuição uniforme das sementes ou mudas.
Distribuição das Linhas de Plantio com Assistência do Piloto Automático: No processo de distribuição das linhas de plantio, o piloto automático desempenha um papel crucial. Com base em dados de mapeamento do solo e informações técnicas específicas, o sistema de piloto automático controla a distância ideal entre as linhas e entre as plantas dentro da linha.
O equipamento de plantio, integrado ao piloto automático, ajusta automaticamente a largura e a profundidade de plantio, garantindo uma distribuição precisa das sementes ou mudas, de acordo com os critérios estabelecidos.
O piloto automático garante uma distribuição extremamente uniforme das sementes ou mudas, maximizando o uso eficiente do solo e recursos. Isso resulta em um estande ideal para o crescimento das plantas, promovendo lavouras mais produtivas e de alta qualidade.
Monitoramento adequado das operações: Durante o plantio, é necessário monitorar adequadamente as operações para garantir a execução correta dos procedimentos estabelecidos. Isso pode incluir o acompanhamento da velocidade de plantio, a profundidade de semeadura, a quantidade de sementes ou mudas utilizadas, entre outros parâmetros. O monitoramento constante permite identificar e corrigir eventuais problemas ou desvios, assegurando a conformidade com os padrões de qualidade estabelecidos.
Práticas de controle de qualidade: Além do monitoramento durante o plantio, os procedimentos de alta qualidade devem incluir práticas de controle de qualidade ao longo do desenvolvimento da cultura. Isso pode envolver a realização de amostragens periódicas para verificar a germinação das sementes, o estande de plantas, a ocorrência de pragas e doenças, além de outros aspectos relevantes. Com base nos resultados das amostragens, é possível adotar medidas preventivas ou corretivas para garantir a saúde e o desenvolvimento adequado das plantas.
Documentação e registros: É fundamental documentar todos os procedimentos realizados durante o plantio, bem como manter registros detalhados das atividades e resultados obtidos. Isso inclui todas as etapas do plantio, registros de amostragens, anotações sobre o desempenho das mudas, entre outros. Esses registros são valiosos para avaliar a eficácia dos procedimentos adotados, identificar possíveis melhorias e fornecer informações para futuras tomadas de decisão.
Ao estabelecer procedimentos de alta qualidade para o plantio da cultura, os agricultores podem otimizar a produtividade, reduzir riscos e assegurar a obtenção de uma matéria-prima de qualidade, contribuindo para a eficiência e competitividade da produção agrícola.
5. Aumentar a produtividade
A obtenção de um maior rendimento de colheita por hectare é um objetivo essencial para garantir a rentabilidade e o sucesso da atividade agrícola. Para alcançar esse objetivo, é necessário implementar técnicas e práticas que favoreçam o desenvolvimento saudável das plantas e maximizem seu potencial produtivo. Abaixo estão alguns pontos importantes relacionados a esse tema:
Adoção de fertilização equilibrada: A fertilização adequada é essencial para fornecer às plantas os nutrientes necessários para um crescimento saudável e produtivo. A análise do solo e a consultoria de um especialista em nutrição vegetal são importantes para determinar as necessidades específicas de fertilizantes. É necessário fornecer os nutrientes essenciais na quantidade correta e no momento adequado, evitando tanto a deficiência quanto o excesso de nutrientes, o que pode prejudicar o desenvolvimento das plantas e reduzir a produtividade.
Controle de pragas e doenças: O controle eficiente de pragas e doenças é crucial para evitar danos significativos às plantas e garantir uma produção saudável. A adoção de práticas integradas de manejo de pragas e doenças, que combinam o uso de medidas preventivas, como rotação de culturas e plantio de variedades resistentes, com o uso racional de defensivos agrícolas, ajuda a minimizar os danos causados por insetos, patógenos e outras pragas.
Manejo adequado da irrigação: A irrigação desempenha um papel importante na produtividade da planta, especialmente em regiões onde a disponibilidade de água é limitada. Um manejo adequado da irrigação, levando em consideração as necessidades hídricas das plantas e as características do solo, permite otimizar o uso da água e evitar a deficiência e o excesso de umidade, que podem afetar negativamente o crescimento e a produtividade das culturas.
Monitoramento e registro de dados: O monitoramento regular das condições das plantas, como crescimento, vigor, presença de pragas e doenças, é essencial para identificar problemas precocemente e adotar medidas corretivas de forma oportuna, e é importante manter registros detalhados das práticas adotadas, para avaliar sua eficácia e possibilitar ajustes futuros com base em dados concretos.
A implementação dessas técnicas e práticas deve ser adaptada às condições locais, considerando as particularidades de cada cultura, região e sistema de produção. O acompanhamento contínuo, a busca por atualizações e a troca de experiências com outros produtores também são fundamentais para obter melhores rendimentos de colheita e aumentar a rentabilidade da atividade agrícola.
6. Reduzir os custos operacionais
A redução dos custos operacionais é uma preocupação constante na gestão agrícola, visando melhorar a lucratividade e a sustentabilidade financeira do negócio. Para atingir esse objetivo, é necessário identificar oportunidades de otimização de recursos, reduzir perdas, evitar retrabalho e adotar práticas eficientes que reduzam o consumo de insumos. Abaixo estão alguns aspectos importantes relacionados a esse tema:
Otimização de recursos: A otimização de recursos é fundamental para reduzir os custos operacionais. Isso inclui o uso eficiente de maquinário agrícola, a gestão adequada de insumos, como fertilizantes e defensivos agrícolas, e a minimização do desperdício de água e energia. Ao utilizar os recursos de forma consciente e planejada, é possível reduzir os custos associados à sua aquisição e manutenção, aumentando a eficiência e a rentabilidade do negócio.
Redução de perdas: A identificação e a redução de perdas ao longo do processo produtivo são essenciais para diminuir os custos operacionais. Isso envolve a adoção de boas práticas de manejo da cultura, como controle de pragas e doenças, manejo adequado da irrigação e monitoramento regular das plantas. Além disso, é importante adotar medidas para minimizar perdas pós-colheita, como o armazenamento correto dos produtos e a implementação de boas práticas de pós-colheita.
Evitar retrabalho: O retrabalho é um grande desperdício de recursos e tempo. Para reduzir os custos operacionais, é necessário evitar, através do planejamento adequado das atividades, da capacitação da mão de obra e da execução correta dos procedimentos estabelecidos. Investir em treinamento e capacitação da equipe pode contribuir para a realização das tarefas de forma mais eficiente
A redução dos custos operacionais não deve comprometer a qualidade e a sustentabilidade da produção. É importante encontrar um equilíbrio entre a redução de custos e a busca por melhores práticas agrícolas, visando alcançar a eficiência e a rentabilidade de forma sustentável.
7. Adotar alta tecnologia
A adoção de alta tecnologia na agricultura tem se tornado cada vez mais importante e pode trazer diversos benefícios para o setor. Aqui estão alguns pontos relevantes sobre a adoção de tecnologias avançadas:
Maquinários e equipamentos modernos: A utilização de maquinários e equipamentos agrícolas de última geração oferece maior eficiência nas operações agrícolas. Isso inclui tratores com tecnologia de GPS, sistemas de direcionamento automático, colhedoras com sensores e controle de desempenho, drones para mapeamento e monitoramento da lavoura, entre outros. Esses equipamentos modernos permitem uma execução mais precisa das tarefas, economia de tempo, redução de erros e otimização dos recursos utilizados.
Sistemas de informações geográficas (SIG): Os sistemas de informações geográficas permitem o armazenamento, análise e visualização de dados espaciais relacionados às atividades agrícolas. Eles auxiliam na tomada de decisões estratégicas, como a definição de áreas de plantio, a gestão da distribuição de insumos, a monitoração de pragas e doenças, entre outras aplicações. Com o uso de SIG, os agricultores podem ter uma visão mais precisa e integrada do seu sistema produtivo, permitindo uma melhor gestão e planejamento das atividades.
Sensoriamento remoto e imagens de satélite: O sensoriamento remoto e as imagens de satélite são tecnologias que possibilitam o monitoramento da lavoura de forma não invasiva e em grande escala. Por meio dessas ferramentas, é possível obter informações sobre o estado vegetativo das plantas, identificar áreas com estresse hídrico, detectar o surgimento de pragas e doenças, entre outras aplicações.
Agricultura de precisão: A agricultura de precisão é uma abordagem que utiliza tecnologias avançadas para personalizar as práticas agrícolas de acordo com as características específicas de cada parte do terreno. Ela envolve a coleta de dados em tempo real, como a umidade do solo, a quantidade de nutrientes, a densidade de plantas, entre outros, para tomar decisões mais assertivas em relação ao manejo. Com a agricultura de precisão, os agricultores podem ajustar a aplicação de insumos, a irrigação e outras práticas de acordo com as necessidades específicas de cada área, reduzindo desperdícios e maximizando a eficiência.
Automação e integração de sistemas: A automação e a integração de sistemas agrícolas permitem a comunicação e o controle entre diferentes equipamentos e dispositivos, proporcionando um gerenciamento mais eficiente das atividades agrícolas. Isso pode incluir, o controle de máquinas agrícolas por meio de softwares integrados, o monitoramento remoto de equipamentos, entre outros.
Vantagens da sistematização
A sistematização de plantio oferece várias vantagens diretas ao rendimento da lavoura comparado a uma sem o projeto, segue aqui algumas delas:
Rendimento de colheita em consumo de combustível: Uma das vantagens da sistematização é a redução do consumo de combustível durante a colheita. Isso ocorre ao minimizar as quebras de linhas de plantio, ou seja, evitar manobras desnecessárias dos equipamentos de colheita. Ao projetar as linhas de plantio levando em consideração a eficiência das operações de colheita, é possível planejar uma distribuição estratégica que reduza a necessidade de manobras, aumentando o rendimento operacional e reduzindo o consumo de combustível por unidade de área colhida. Isso resulta em economia de custos e melhoria da eficiência no processo de colheita.
Eliminação de carreadores gerando mais área produtiva: A sistematização também permite a eliminação de carreadores, que são as áreas destinadas à circulação de máquinas e veículos durante as operações agrícolas. Ao projetar a distribuição das linhas de plantio de forma estratégica, é possível reduzir a necessidade de carreadores, maximizando a área produtiva disponível para o cultivo da cultura. Essa ampliação da área cultivada contribui para o aumento da produtividade e, consequentemente, para o incremento da produção total da lavoura.
Redução do tempo de manobras na colheita: O tempo de manobras dos equipamentos durante a colheita tem um impacto direto nos custos operacionais e na eficiência da operação. Com um projeto adequado de sistematização das linhas de plantio, é possível reduzir o tempo de manobras dos equipamentos, otimizando a colheita mecanizada da cultura. Menos tempo gasto em manobras significa maior produtividade diária e, consequentemente, menor custo por unidade de produto colhido. Essa redução do tempo de manobras influencia positivamente os resultados financeiros no final da colheita, aumentando a rentabilidade do negócio agrícola.
Aumento do tiro médio no projeto: A sistematização do plantio, por meio de linhas contínuas e bem planejadas, resulta em um aumento do tiro médio. O tiro médio se refere à distância percorrida pelos equipamentos de colheita entre as manobras necessárias durante a operação. Com um projeto que minimiza as quebras de linha e elimina a necessidade de manobras frequentes, o tiro médio é ampliado, ou seja, os equipamentos conseguem percorrer distâncias maiores antes de precisarem fazer uma nova manobra. Esse aumento do tiro médio traz vantagens significativas, como maior eficiência operacional, aumento da produtividade diária de colheita, resultando em potencial aumento nos lucros.
Economia de tempo na colheita: A sistematização adequada do plantio de cana-de-açúcar, também resulta em economia de tempo durante a colheita, uma vez que reduz o tempo necessário para as manobras dos equipamentos, otimizando o tempo de trabalho efetivo. A redução do tempo gasto em manobras resulta em um aumento da eficiência da colheita, possibilitando uma colheita mais rápida e produtiva. Essa economia do tempo total na colheita é uma vantagem importante, pois permite otimizar a utilização dos recursos e aumentando a capacidade de colheita diária.
O Projeto de Sistematização
Para exemplificar, abaixo segue o comparativo entre um projeto de plantio de cana-de-açúcar do ano de 2015, e um projeto de sistematização de plantio do ano de 2021:
Note que o projeto referente ao plantio de 2021 obteve um aumento de 3,44 ha na área de cana, a eliminação de 1.005 manobras e um aumento significativo no tiro médio, saindo de 718m para 1.472m, resultando em um ganho de rendimentos operacionais agrícolas de 6,31%.
Fotografia aérea da colheita realizada em Julho/2023.
Gravação aérea da colheita realizada em Julho/2023.
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